terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fábio Rabin, direto de Floripa


Antes de o cara embarcar de volta pra São Paulo, nós fomos até Jurerê Internacional bater um papo superengraçado com o humorista Fábio Rabin, que esteve em Floripa gravando o programa Delírios de Verão, da MTV. Preparado(a) pra dar boas risadas? Então, se joga aí na entrevista!

KZK – Quando você chegou em Floripa?
Fábio Rabin – Cheguei no dia 24 de dezembro. Como sou judeu e não comemoro o Natal, uma família de amigos me acolheu aqui. Não ganhei presentes, mas, pelo menos, comi o peru. Ei, a comida do Natal, tá?

KZK – Quais os lugares que você mais curtiu na cidade?
Rabin – Já estive em Floripa várias vezes e os que mais curti foram Campeche, Guarda do Embaú e Praia do Rosa. Essas praias são em Garopaba, né? Só não me diz que são em Palhoça! (risos) O que mais eu gostei? Ah, das nights, é claro! Mas gostei de tudo aqui, até de São José, que é onde meus amigos moram. Só não fui pra Palhoça porque disseram que rolam uns assaltos por lá...

KZK – O que você achou do Planeta? Já tinha ido alguma vez?
Rabin – Foi a primeira vez. Na verdade, nem vi tudo o que aconteceu por lá. Fiquei direto no camarote e, na única hora em que olhei pro palco, vi os caras do Exaltasamba de costas. Aí, resolvi não olhar mais. Mas o evento é muito bacana, muito bem organizado. Assisti ao show do D2 também e fiz questão de curtir o da Ivete Sangalo, porque gosto muito da vibe dela.

KZK – É verdade que você nutre uma paixão por Jurerê Internacional?
Rabin – Olha, se eu tivesse uma bomba, deixaria aqui. Primeiro, porque é uma praia que não tem onda. Eu curto muito surfar – pena que não sei. Segundo, porque rola meio que uma pagação, as pessoas vivem se autoanalisando, olhando todo mundo. Mas o lado bom é que é cheio de gente bonita. Então, não podemos ser tão radicais assim. Como passei muito tempo aqui, meio que enjoei. Mas, enfim, ainda acho melhor do que Palhoça. (risos)

KZK – Então, confere a informação de que Floripa tem, realmente, as mulheres mais bonitas do Brasil?
Rabin – Sim, fora os meus jantares de família, aqui é o lugar em que encontrei mais gente bonita. Dá pra ver isso pelas matérias que fiz na praia, é muita gente bonita por metro quadrado.

KZK – E a mulherada deu muito mole pra você?
Rabin – Nossa, me deram muito mole, mesmo! Tinha até bandeira no hotel, as meninas gritavam, quase nem me deixavam dormir. Mentira, brincadeira! Assim, fora as camareiras do hotel, ninguém mais olhou pra mim. (risos) Comediante não é um galã e, sim, uma pessoa comum. Não lembro se fiquei com alguma manezinha, você lembra? Fiquei? Yes! Então, você que está me informando. A camareira que peguei era do Amazonas. (risos) Lembro de ter ficado com uma paranaense também. Nossa, tô solteiro, então, tô curtindo muito!

KZK – Como rolou o convite pra trabalhar na MTV?
Rabin – O convite, na real, tinha rolado há uns dois anos, a partir da comédia stand up. Sempre digo que o YouTube foi uma revolução pro ator. Você não precisa esperar pra ser contratado. Fiz um texto, filmei, coloquei lá e passei a ter um monte de acessos. Deixei meu e-mail no final do vídeo e comecei a receber propostas – uma deles foi da MTV. Na época, expliquei que tinha recebido o convite do Pânico primeiro e, por isso, dei prioridade e fiquei um ano lá.

KZK – Você curte mais fazer televisão ou os shows de stand up?
Rabin – Curto mais os shows de stand up, sem dúvida. Acho assim: a TV é muito importante pra você ter público, principalmente se ela lhe der liberdade. Mas não há nada que me deixe mais livre do que estar no palco e dizer o que quiser.

KZK – Acontece muito de dar branco ou de a piada não funcionar quando você está se apresentando? Como você se safa nessas situações?
Rabin – Quando a piada não funciona, eu assumo. As pessoas estão lá pra ver isso também, elas querem ver o cara subir no palco, errar e expor os defeitos. Ninguém conta 1,2 mil piadas e não erra nenhuma. Só não pode errar uma atrás da outra também. Aí, o show cai e acaba ficando tosco.

KZK – É séria aquela história de que, quando era adolescente, você fingiu ter problemas mentais pra escapar de uma prova?
Rabin – Nunca gostei muito de escola, só de redação. Física já era uma parada em que eu não me dava bem, e meu pai, por ser engenheiro, se irritava muito. No dia anterior a uma prova de Física, fui andar de bicicleta e acabei batendo a cabeça numa tartaruga de rua e desmaiando. Meu pai, superpreocupado, me mandou fazer uma tomografia. Quando estava no exame, lembrei da prova e, na hora, decidi que ficaria retardado. Então, já saí do hospital babando, falando lento e todo mundo acreditou. O meu professor ficou morrendo de pena. Ele até chorou e disse que, um dia, eu voltaria ao normal. Fiquei um pouco arrependido, mas não podia mais voltar atrás, por isso, fiquei babando por dois meses.

KZK – No colégio, você sempre foi o engraçadinho da turma?
Rabin – Fui muito bagunceiro, engraçadinho, como a maioria dos moleques. Era do fundão, levei várias suspensões e advertências. Mas isso não é um orgulho pra mim e não recomendo pra molecada. Lembro que rolavam as piadinhas na sala e eu abusava, sempre fazia alguém chorar. Às vezes, passava do limite, como já passei profissionalmente também. Você pode ser livre, só que tem de ter pelo menos um pouco, um pouquinho, de noção. Mas deixe a sua criatividade ir, tenha um objetivo lá na frente e saiba aonde você quer chegar.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/kzukars/19,465,2799159,Humor-sem-pagacao.html