sábado, 15 de agosto de 2009

Em entrevista ao caderno FIM DE SEMANA, por telefone, Rabin falou sobre o espetáculo, stand up comedy, humor inteligente, e a sua atual fase no progra


Há quanto tempo o “Comédia ao Vivo” está em cartaz, e sobre o que você fala nele?

O “Comédia” tem quatro anos de existência, e o meu assunto é basicamente o cotidiano. Abordo política, futebol, relacionamentos, cinema, viagens, um pouco de tudo. O texto é totalmente autoral, e posso fazer o que quiser com ele.

Stand up comedy” é a tendência do momento entre humoristas brasileiros. Como não cair na banalização?
Bom senso. O humorista tem que ir ao fundo do que está se propondo a fazer e tirar o seu diferencial de lá. Acho que é uma coisa natural.

Em relação à televisão, o que você acha que tem faltado no humor apresentado atualmente?
Um pouco mais de liberdade e menos censura. Menos barreiras para podermos brincar mais com as palavras, com determinadas pessoas, entidades, instituições…Mas estamos caminhando.

Você esteve um tempo no “Pânico na TV”. O que mais gostava de fazer, dentro do estilo do programa?
O salário era o melhor! Tá, brincadeira…Mas o que eu curtia no “Pânico” era o próprio espírito anárquico do programa, de sacanear as pessoas com humor, algo bem ‘moleque’. Eu fiz os quadros “Na Madruga” e “Beijo na boca ou tapa na cara”.

E o “Furfles MTV”, ao lado do Marcelo Adnet, tão em alta no momento? O estilo é muito diferente?
Totalmente. O “Furfles” é como uma sitcom. Tem mais representação e texto, trabalhamos mais como atores. Improvisamos um pouquinho, mas há um texto fixo, de onde extraímos vários assuntos diferentes. Vamos do bar à praia. Sem falar que o trabalho na MTV me deu mais mobilidade para fazer shows, a pauta do “Pânico” era caótica.

O que é humor inteligente pra você?
É quando atiram um livro na cara de alguém! Olha, essa história de “humor inteligente” não me agrada muito, no momento em que está sendo usada como um rótulo. O que seria humor burro? É como se fosse preciso ser um filósofo para fazer comédia. Sem falar que soa muito pretensioso. Alguns comediantes maravilhosos nem precisavam falar. Acho que humor inteligente é tudo aquilo que te faz rir.

Entrevista concedida a A Tribuna do Norte


By: Julianna Simon

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